O Governo do Amapá lançou, nesta sexta-feira (10), o Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, com R$ 120 milhões em créditos destinados a impulsionar a produção rural, gerar renda e fortalecer o desenvolvimento sustentável nas comunidades agrícolas do estado. O evento contou com a presença do governador Clécio Luís, do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e de autoridades do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
A nova edição do plano chega com condições facilitadas de financiamento e incentivos diretos aos pequenos produtores. Um dos principais atrativos é o desconto de até 40% para quem paga em dia, além do acesso ampliado ao crédito por meio de novas operadoras e canais de atendimento.
Políticas públicas integradas e crédito acessível
O ministro Waldez Góes destacou que o novo modelo de financiamento do governo federal democratiza o acesso ao crédito rural e garante apoio técnico e logístico aos agricultores.
“Sabem os agricultores, pescadores e pequenos produtores que, na Amazônia, há um rebatimento de 40%. Por exemplo, um jovem pode acessar R$ 8 mil, a mulher R$ 15 mil e o esposo R$ 12 mil, juntos, são R$ 35 mil. Pagando em dia, quitam apenas 60%, pois 40% é de desconto. O governo está incentivando a produção e garantindo tecnologia, orientação e assistência técnica. Além disso, temos o PNAE e o PAA para garantir a compra da produção local”, explicou o ministro.

Waldez ressaltou que, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo ampliou a rede de atendimento, trazendo a Caixa Econômica Federal como nova operadora de crédito ao lado do Banco da Amazônia (Basa).
“Antes era só o Basa que operava. Agora temos a Caixa e quatro operadoras de crédito no Amapá, com vans, barcos e técnicos indo até os produtores. O crédito chega ao campo, sem que o agricultor precise percorrer longas distâncias. É o governo Lula garantindo que o recurso chegue na ponta, a quem realmente precisa”, completou Waldez.
Desenvolvimento sustentável e geração de renda
Para o governador Clécio Luís, o investimento representa um marco histórico no fortalecimento da agricultura familiar amapaense.
“É a primeira vez que o Amapá alcança esse volume de crédito. Isso é resultado de um ambiente político de cooperação entre o Estado e o governo federal. São R$ 120 milhões em recursos que vão gerar impacto econômico e social, fortalecendo o compromisso do agricultor em pagar em dia e, principalmente, produzindo alimentos que abastecem as feiras e os mercados locais”, afirmou o governador.

Clécio também destacou o avanço na regularização e no apoio técnico aos produtores:
“Saímos de 8 mil carteirinhas da agricultura familiar para mais de 30 mil. Validamos cadastros ambientais e, pela primeira vez, agricultores receberam o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Eles são remunerados por preservar e produzir ao mesmo tempo. Queremos provar que é possível gerar emprego e preservar a Amazônia.”
Avanços no cadastro e assistência técnica
O diretor-presidente do Rurap, Kelson Vaz, ressaltou o avanço na emissão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), documento essencial para acesso aos programas de crédito.
“Quando iniciamos, o estado tinha cerca de 9 mil CAFs. Hoje são 31 mil agricultores já aptos a acessar microcréditos e programas do Basa, Banco do Brasil e parceiros privados. Nosso desafio é ampliar o alcance das caravanas rurais e levar atendimento até as comunidades mais distantes”, disse.

Segundo Kelson, o Rurap também mantém suporte técnico para garantir que o produtor invista corretamente os recursos:
“O crédito é acompanhado de assistência técnica. O agricultor é orientado para aplicar o recurso da melhor forma, evitando endividamento e garantindo novos acessos no futuro.”
Compromisso com o fortalecimento da agricultura familiar
O superintendente do MDA no Amapá, Van Vilhena, enfatizou que o aporte federal reflete o compromisso do governo Lula com o campo:
“Ano passado tivemos R$ 120 milhões e mantivemos esse número, consolidando o fortalecimento do Pronaf e da agricultura familiar. É um gesto concreto de valorização do homem e da mulher do campo.”

A superintendente nacional do MDA, Patrícia Apolinário, destacou o papel estratégico da agricultura familiar para o país:
“O presidente Lula recoloca a agricultura familiar no centro das políticas públicas, porque são esses agricultores que produzem comida de verdade. O Amapá se destaca com mais de 200% de aumento nas emissões do CAF e acesso ampliado às linhas do Pronaf, com juros baixos e condições facilitadas.”

O secretário nacional da Agricultura Familiar do MDA, Vanderley Ziger, reforçou que o governo está atento às demandas locais e à transição para modelos sustentáveis de produção:
“O Amapá tem mais de 60 mil agricultores familiares e vem se destacando pela forma sustentável de produzir. O crédito é essencial para fortalecer a sociobiodiversidade e, agora, estamos atuando também em um plano emergencial para combater a vassoura-de-bruxa, com apoio da Embrapa, do Estado e das universidades.”

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