A Polícia Civil do Amapá apreendeu, na manhã desta terça-feira (14), o terceiro adolescente envolvido na morte de um motorista de aplicativo, crime ocorrido no último dia 8 de outubro, na Área Portuária de Santana. O suspeito, de 17 anos, também confessou ter executado outro homem na noite de domingo (12), na ilha de Santana, a mando de uma facção criminosa.
De acordo com o delegado Bruno Braz, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Santana, o adolescente já era investigado por envolvimento em homicídios e tráfico de drogas.
“Ele confessou os dois homicídios cometidos nos últimos cinco dias e detalhou como atuava como matador de uma organização criminosa. Também admitiu que vendia drogas e recebia ordens diretas para eliminar rivais”, relatou o delegado.
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O crime contra o motorista de aplicativo foi planejado com a participação de uma adolescente de 17 anos, responsável por atrair a vítima por meio de uma corrida falsa.
“A jovem contratou o motorista e o levou até o local onde os dois executores aguardavam. Dentro do veículo, eles pediram para seguir até uma área mais afastada e, no caminho, efetuaram diversos disparos contra a vítima”, explicou Braz.
Poucas horas após o assassinato, a equipe da 1ª DP de Santana apreendeu a adolescente suspeita de planejar a emboscada. Dois dias depois, foi detido o primeiro executor, de 15 anos, flagrado com uma arma quando se preparava para matar outros dois rivais, homicídios que foram evitados pela ação policial.
Momento em que o adolescente de 17 anos, suspeito de duas execuções em Santana, é conduzido por agentes da 1ª Delegacia de Polícia até a viatura após ser apreendido em uma residência onde estava escondido.
O adolescente apreendido nesta terça-feira estava escondido na casa da companheira, no bairro Novo Horizonte, em Santana. No local, os agentes apreenderam porções de drogas.
“Ele relatou que saía à noite para cometer crimes e vender entorpecentes, e retornava ao amanhecer para se esconder. A arma usada nos crimes teria sido levada para Macapá pelos comparsas”, completou o delegado.
Segundo a Polícia Civil, os três menores já haviam sido internados anteriormente no Cesein por outro homicídio praticado no ano passado. As investigações agora buscam identificar os mandantes das execuções e os integrantes adultos que atuam com os adolescentes na facção.
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